Por Silvana Pires de Matos
Bolsista PIBID-Geografia
Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Erechim
O
Diário de Bordo, se caracteriza por ser uma ferramenta de acompanhamento pedagógico, o qual irá orientar o docente acerca do planejamento e execução de seu trabalho, sobretudo é um modo de nortear a prática profissional durante a tomada de decisões referente ao planejamento, uma vez que a partir de suas anotações haverá reflexões e questionamentos que encaminham para um nova organização. Com base em Pórlan e Martín, (p.57) o
fato de manter um diário da nossa experiência de
ensino envolve a implementação de um método de desenvolvimento profissional
contínuo, e, como tal, um processo em que podemos destacar os momentos e fases
relativamente distintas. Considero que através do diário de bordo a função do
mesmo se caracteriza por oferecer subsídios para transformar ideias e
concepções para uma nova prática conscientemente dirigida, avaliada e
planejada.
Ao
escrever sobre planejamento docente, pedagogicamente já sabemos, que para
realizar uma boa aula, esta deve ser deve ser planejada para ser um espaço de aprendizagem e de produção
de conhecimentos. Para que o
assunto seja bem trabalhado em aula, cabe ao professor a responsabilidade de
reservar um tempo para se dedicar ao estudo do tema da aula, buscando
referências para serem
indicadas e discutidas
com os alunos,
como reportagens atuais, textos de livros ou internet entre outras
fontes, contudo sem desvalorizar a utilização
do livro didático,
o qual considero
uma ótima ferramenta
de orientação para
os professores. Outro tópico
relevante na organização
de uma aula
é pensar qual
metodologia será utilizada para
trabalhar o tema da aula, como por exemplo, estudos de campo, vídeos, utilização de mapas
ou cartazes, aula prática, aula expositiva dialogada ou outras ferramentas.
Sendo que
o objetivo do
professor deverá não
ser de manter
os estudantes com
um ensino “decoreba” ou
depositar neles conteúdos,
pois o docente
junto com o
discente está em constante processo de aprendizagem,
“aprende ao ensinar e ensina ao aprender”.
Assim
a aula não deverá ser um momento de audição, de contemplação e de repetição, que mantém
o sujeito na
passividade, e sim
um momento de
diálogo e troca
de conhecimentos. Os professores,
assim como outro profissional trazem consigo uma história de vida própria, com
marcas temporais e de espaços de
sua vivência, os
aspectos citados constroem
o modo de
pensar e agir
dos professores, pois está vinculado a saberes próprios que serão
compartilhados com seus alunos. Contudo, compreendo que na sociedade atual é
necessário que a formação docente
vise uma prática
reflexiva e com
constantes análises de sua atuação,
para novas construções de
conhecimentos, aí a importância de manter um Diário de Bordo como uma
ferramenta para reflexão.
Por
fim sobre a prática docente, é relevante destacar, que o
professor irá se definir como profissional no trabalho e pelo trabalho (FARIAS et al, 2009, p.69), compreendo
que através do desenvolvimento de atividades cotidianas do docente, seja em
sala de aula ou mesmo fora do espaço escolar, que este constrói seus saberes e
experiências, pois a partir de suas práticas e
conhecimentos obtidos em sua
formação, é que este sujeito visando
superar dificuldades se torna um
aprendiz, em que
irá fazer e
refazer suas práticas,
contudo destaco que
não é o docente
sozinho que poderá mudar a
realidade da educação, todavia mudanças nas ações e concepções dos professores
são necessárias.
REFERÊNCIAS
FARIAS,
Isabel M. S. de et al. Didática e
docência: aprendendo a profissão. Brasília: Líber Livre, 2009