segunda-feira, 30 de junho de 2014

“Ferramenta Pedagógica?!?”



Por Brayam Fracaro
Bolsista do PIBID – Geografia
UFFS Campus Erechim

                A preocupação mais aparente para os professores que utilizam o diário de bordo como elemento guia para suas aulas é saber se esta ferramenta é realmente norteadora para o repasse dos conhecimentos a serem introduzidos em sala de aula.
                Para se obter o máximo desta ferramenta tão importante para os professores, como foi relatado por nossos colegas pibidianos se faz realmente necessário o repasse e a discussão sobre os resultados obtidos com o uso destas ferramentas com os colegas em reuniões pedagógicas, destinadas a este fim somente, pois estas reuniões são tratados todos os tipos de assuntos, menos com fins didático-pedagógicos.
                Foi realizado um debate sobre o tema relatado acima e os professores relataram não haver uma discussão especificamente sobre temas pedagógicos, por seus colegas acharem não ser possível mudar o pensamento.
Foram também repassadas algumas leituras, como por exemplo, “Educar em tempos de desencanto” dos autores Pablo Gentili e Chico Alencar que apresentam as relações dos professores e alunos que embasados na crença que os mesmos possuem em relação à uma educação que possa ser modificada,  menos individualizada, mais humana e mais inclusiva.
E finalmente que estas mudanças para melhor possam ser realidade em um futuro não muito distante, que possa ser realizado por todos os indivíduos, por todos os formadores educacionais. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Entre a realidade e a teoria “não-exposta”


Por Paulo Henrique Schenatto
Bolsista do PIBID – Geografia
UFFS Campus Erechim


Muitas vezes os futuros docentes em sala de aula, discutem e debatem teorias e mais teorias, as quais nortearão muitos dos estudos pedagógicos elaborados por pesquisadores e doutores da educação. Essa discussão é muito necessária, pois existe a necessidade de se possuir um embasamento teórico condizente com o processo educacional a ser efetivado.
Mas, apresar de muitas vezes as teorias serem exporem a “boniteza” do ato educativo, constituem-se, ao mesmo tempo, de suposições que, na prática, geralmente, não surtem muito efeito quando aplicadas e, ao mesmo tempo, deixam de lado alguns aspectos muito importantes na rotina escolar como um todo.
Muito se fala em planejamento de aulas, mas pouco tempo se tem para isso. Temos tecnologia a vontade para usar, mas falta, em muitos casos, qualificação para fazer um uso eficiente. Não pode o professor tentar utilizar instrumentos que não conheça, e mesmo, não saiba como utilizar.
Outro aspecto, que muitas vezes passa despercebido, é o esquecimento da realidade escolar. Segundo Libâneo(2005, p. 20)

[…] os conteúdos dos cursos de licenciatura, ou não incluem o estudo das correntes pedagógicas, ou giram em torno de teorias de aprendizagem e ensino que quase nunca têm correspondência com as situações concretas de sala de aula, não ajudando os professores a formar um quadro de referência para orientar sua prática.

Libâneo fala das correntes pedagógicas. Mas muitas vezes, essas correntes não citam nada sobre a realidade escolar. Isso, na maioria dos casos assusta o futuro docente, que ao chegar na sala de aula, seja para o estágio, seja nos primeiros tempos como professor, tende a não saber lidar com a situação. Fica “apavorado”, pois isso as teorias não discutem. Claro, existe todo um contexto social em que a escola está inserida, e isso vai definir as suas características, e, principalmente, as características dos alunos dessa escola.
Pois bem, aí que entra o PIBID. Como seu próprio nome diz, trata-se de um Programa Institucional de Bolsar de INICIAÇÃO Á DOCÊNCIA(grifo nosso). E iniciar logo cedo o futuro docente na pratica escolar, evita que ao chegar na sala de aula, o professor de primeira viagem não saiba o que fazer frente a uma ou outra situação.
O artigo 4 da portaria que regula o PIBID(2013), elenca os objetivos. E no inciso IV,  do mesmo artigo, diz

IV - inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem;”

Portanto, reitero a opinião de que, quanto antes o futuro, e por que não atual, docente entrar em contato com a realidade escolar, tão logo ele se sentirá preparado, ou não, para encarar a profissão de professos. Educar é um ato muito importante. É uma tarefa ardua, mas que pode mudar as pessoas.
E para finalizar, como diria Rubem Alvez: “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam e ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim não morre jamais...”




REFERÊNCIAS
CAPES. Portaria nº 096, de 18 de julho de 2013. Regulamento do programa institucional de bolsa de iniciação à docência. Brasília: Capes, 2013.


LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: A pedagogia critico-social dos conteúdos. São Pauo: Loyola, 2005.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

As Juventudes e o Ensino Médio


[1]Vital Benito Arpini
           
            Atualmente o Ensino Médio tem sido o foco das discussões educacionais. Durante muito tempo discutiu-se a sua finalidade. No Brasil, a história do EM é ainda mais recente e o avanço das discussões neste nível de ensino ocorrem muito lentamente.
            Falar sobre EM nos remete a dialogar com as juventudes A grande discussão refere-se à diversidade das juventudes presente neste nível de ensino. O jovem do EM precisa fazer escolhas e assumir responsabilidades. Como vivemos em um mundo baseado na lógica capitalista, na extrema competitividade tecnológica e profissional e na padronização cultural, estas escolhas acabam sendo muito difíceis e nem sempre ocorrem de forma harmônica. Uma sociedade onde somente os “Top’s” se destacam e possuem a atenção, mas onde não há lugar para todos serem “Top’s”, traz a sensação de fracasso social/educacional, onde a política do “Não dá nada! ” inunda o pensamento da juventude, fazendo com que muitos transformem seus sonhos de futuro em meras ideias utópicas, inconscientemente distanciadas de seu alcance (pelo descrédito de sua própria potencialidade) e de sua realidade.
            É preciso entender neste contexto a importância da escola de EM  na vida das juventudes. O jovem chega em nossas escolas carregado de sonhos que podem se transformar em incríveis projetos de vida. A escola, enquanto espaço de conhecimento, pode ser um marco importante e até mesmo um grande divisor de águas. É na escola que aprendem os conhecimentos acumulados historicamente pela sociedade, constroem conceitos e iniciam sua caminhada, por isso mesmo afirmo que é, também, a partir da escola que muito jovens tornam concretas suas escolhas pessoais, profissionais, culturais e sociais.
            A escola pode ser um espaço onde a professor ensina não apenas pela quantidade de informações que passa - que o sociólogo polonês radicado na Inglaterra Zygmunt Bauman chama de conhecimento líquido, mas com paixão pelos conceitos que são ensinados/estudados/pesquisados. Primeiro instigamos à paixão por algo ou por algum conceito, depois levamos à aprendizagem sobre ele. Eis o desafio da escola das juventudes: A paixão pelo conhecimento.
                       

           



[1] Professor especialista em Gestão Ambiental, docente da disciplina de Geografia e Supervisor do PIBID Geografia na Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo e docente da disciplina de Geografia no Colégio Mantovani.