segunda-feira, 9 de junho de 2014

As Juventudes e o Ensino Médio


[1]Vital Benito Arpini
           
            Atualmente o Ensino Médio tem sido o foco das discussões educacionais. Durante muito tempo discutiu-se a sua finalidade. No Brasil, a história do EM é ainda mais recente e o avanço das discussões neste nível de ensino ocorrem muito lentamente.
            Falar sobre EM nos remete a dialogar com as juventudes A grande discussão refere-se à diversidade das juventudes presente neste nível de ensino. O jovem do EM precisa fazer escolhas e assumir responsabilidades. Como vivemos em um mundo baseado na lógica capitalista, na extrema competitividade tecnológica e profissional e na padronização cultural, estas escolhas acabam sendo muito difíceis e nem sempre ocorrem de forma harmônica. Uma sociedade onde somente os “Top’s” se destacam e possuem a atenção, mas onde não há lugar para todos serem “Top’s”, traz a sensação de fracasso social/educacional, onde a política do “Não dá nada! ” inunda o pensamento da juventude, fazendo com que muitos transformem seus sonhos de futuro em meras ideias utópicas, inconscientemente distanciadas de seu alcance (pelo descrédito de sua própria potencialidade) e de sua realidade.
            É preciso entender neste contexto a importância da escola de EM  na vida das juventudes. O jovem chega em nossas escolas carregado de sonhos que podem se transformar em incríveis projetos de vida. A escola, enquanto espaço de conhecimento, pode ser um marco importante e até mesmo um grande divisor de águas. É na escola que aprendem os conhecimentos acumulados historicamente pela sociedade, constroem conceitos e iniciam sua caminhada, por isso mesmo afirmo que é, também, a partir da escola que muito jovens tornam concretas suas escolhas pessoais, profissionais, culturais e sociais.
            A escola pode ser um espaço onde a professor ensina não apenas pela quantidade de informações que passa - que o sociólogo polonês radicado na Inglaterra Zygmunt Bauman chama de conhecimento líquido, mas com paixão pelos conceitos que são ensinados/estudados/pesquisados. Primeiro instigamos à paixão por algo ou por algum conceito, depois levamos à aprendizagem sobre ele. Eis o desafio da escola das juventudes: A paixão pelo conhecimento.
                       

           



[1] Professor especialista em Gestão Ambiental, docente da disciplina de Geografia e Supervisor do PIBID Geografia na Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo e docente da disciplina de Geografia no Colégio Mantovani.

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