[1]Vital
Benito Arpini
Atualmente o Ensino Médio
tem sido o foco das discussões educacionais. Durante muito tempo discutiu-se a
sua finalidade. No Brasil, a história do EM é ainda mais recente e o avanço das
discussões neste nível de ensino ocorrem muito lentamente.
Falar sobre EM nos remete a dialogar
com as juventudes A grande discussão refere-se à diversidade das juventudes
presente neste nível de ensino. O jovem do EM precisa fazer escolhas e assumir
responsabilidades. Como vivemos em um mundo baseado na
lógica capitalista, na extrema competitividade tecnológica e profissional e na
padronização cultural, estas escolhas acabam sendo muito difíceis e nem sempre
ocorrem de forma harmônica. Uma sociedade onde somente os “Top’s” se destacam e
possuem a atenção, mas onde não há lugar para todos serem “Top’s”, traz a
sensação de fracasso social/educacional, onde a política do “Não dá nada! ”
inunda o pensamento da juventude, fazendo com que muitos transformem seus
sonhos de futuro em meras ideias utópicas, inconscientemente distanciadas de seu
alcance (pelo descrédito de sua própria potencialidade) e de sua realidade.
É preciso entender neste contexto a
importância da escola de EM na vida das
juventudes. O jovem chega em nossas escolas carregado de sonhos que podem se
transformar em incríveis projetos de vida. A escola, enquanto espaço de
conhecimento, pode ser um marco importante e até mesmo um grande divisor de
águas. É na escola que aprendem os conhecimentos acumulados historicamente pela
sociedade, constroem conceitos e iniciam sua caminhada, por isso mesmo afirmo
que é, também, a partir da escola que muito jovens tornam concretas suas
escolhas pessoais, profissionais, culturais e sociais.
A escola pode ser um espaço onde a
professor ensina não apenas pela quantidade de informações que passa - que o sociólogo polonês radicado na
Inglaterra Zygmunt Bauman chama de conhecimento
líquido, mas com paixão pelos conceitos que são ensinados/estudados/pesquisados.
Primeiro instigamos à paixão por algo ou por algum conceito, depois levamos à
aprendizagem sobre ele. Eis o desafio da escola das juventudes: A paixão pelo
conhecimento.
[1]
Professor especialista em Gestão
Ambiental, docente da disciplina de Geografia e Supervisor do PIBID Geografia
na Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo e docente da disciplina de
Geografia no Colégio Mantovani.
Nenhum comentário:
Postar um comentário